sábado, 2 de abril de 2011

E eu que queria só um cartão-postal...


Contentava-me com o pouco, com uma lembrancinha escrevinhada: "fui a algum lugar e me lembrei de você"
Satisfazia-me um simples pedaço de lá, um chaveiro ou um barquinho comprado em uma lojinha de souvenirs. Bastava-me fechar os olhos e imaginar... o mar, o vento, o cheiro, as pessoas, os sorrisos...
Mas pouco depois despertava a tristeza amarga do "querer mais do que se tem",ao mesmo tempo o ompulso do "precisar mais do que se quer".
O desejo surge, tal qual um naufrágio mergulhado há muitos anos e que hoje vem à tona para me lembrar que meus anseios, infelizmente, não poderão ficar submersos muito mais e que nada há que não se mostre exatamente como é depois de certo tempo.
Nada há que permaneça intácto e imóvel por toda vida...D
o nada tenho esses súbitos arrombos de lucidez...
logo eu....
que só queria um cartão-postal.