quinta-feira, 18 de março de 2010


Falar é coisa pouca... no silêncio é que está contido todo frêmito e mistério da vida!

domingo, 7 de março de 2010




Com seu vestido de tule,


pernas à mostra,


peito arfante,


a moça descalça anda de mansinho,


olhar inquietante,


cheiro de jasmim...


Costas nuas,


cabelo livre ao vento,


ombros finos, de fina estrutura,


esguia...


E quem pensa que a ela basta o amor, engana-se...


o amor, às vezes, não é suficiente


Ela me olha, fita-me...


sem dizer nada,


sequer uma palavra,


e o seu silêncio diz mais do que poderiam dez mil palavras...


Seus segredos evidentes me cortam como lâminas afiadas,


rasgam-me a alma e despem-me de minhas convicções...


seus dedos finos revelam uma firmeza impávida, enquanto desenham na areia algo que não pude decifrar...


Algo que está gravado nela como marca de ferro em brasa...


Que arranca-lhe gotas do incandescente líquido vital...


e essa marca nunca se apagará... nem se lavada com toda a água do mar...


E sua firmeza e doçura confundem-se na inebriante dança do vento em seu vestido branco de tule...