sábado, 28 de fevereiro de 2009


Ah, que horror! Me empurraram de cima de um precipício.








Ora, mas que supresa!
Eu sei voar.

domingo, 22 de fevereiro de 2009



Mais forte do que a complexa razão do desejo é a intransigente realidade, que insiste em se mover em minha direção, nua e crua, despertando-me do instante a que quase me me entreguei de corpo, de alma, vontade.
Ah, mas que cruel realidade, que persiste, sem dó e nem piedade. Por que não me deixa sentir, saborear, beber da fonte cálida que tem poderes de enfeitiçar, seduzir, fascinar, prender, de atrair pelo cheiro inefável, pelo toque, pelo olhar, como uma cortina de fumaça que enebria, embriaga, extasia?
Que pena! O que me restou se perdeu tão rápido quanto veio, se foi, no momento em que despertei do sono, do sonho. Estava tudo aqui há um minuto, mas se foi. E já que real não se pode tornar, sobrou-me o anseio implícito de novamente adormecer e voltar a sonhar, me perder, viajar, transbordar....