domingo, 20 de novembro de 2011

"...um coqueiro ali, um coqueiro lá..."

No abrigo da paisagem
Balançam as folhas
O vento, o verde mar
Me balanço
Em você
Que em noite enluarada
Me diz o que muitos gostariam de ouvir
E mesmo se não dissesse nada, eu saberia...
Entenderia, mas sei, é para poucos que basta o silêncio,
Para poucos que têm o privilégio de sentir calidamente dentro de si
O que é doce e vindo de fora, mas que se multiplica dentro da gente!

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

"Um dia desses, eu separo um tempinho e ponho em dia todos os choros que não tenho tido tempo de chorar."

(Drummond)

domingo, 4 de setembro de 2011





O meu coração te segue, com uma alma decantada no mais profundo vazio
Limpa de todas as impurezas que, ao longo dos anos, encardiram sua brancura
Minha alma te segue, como segue o coração ao seu dono... pulsando... ardendo...
Doce descompasso no instante em que te vejo... limpa e puro... dançando, de acordo com a batida...

domingo, 10 de julho de 2011


Medo de ter sido leviana
Da entrega sem preocupaçõe
De ter feito confusão de sentimentos
É pra ser leve, não sei se longe da dor ou se longe da desilusão...
Só leve e simples,
Mas quem disse que o amor entende de simplicidade?
Ou será que a pergunta certa é: "Mas quem disse que eu entendo de simplicidade?"

domingo, 3 de julho de 2011

Já se tornaram parcas as lágrimas
Distante a dor
Agora não sofro mais de amor!

sábado, 2 de abril de 2011

E eu que queria só um cartão-postal...


Contentava-me com o pouco, com uma lembrancinha escrevinhada: "fui a algum lugar e me lembrei de você"
Satisfazia-me um simples pedaço de lá, um chaveiro ou um barquinho comprado em uma lojinha de souvenirs. Bastava-me fechar os olhos e imaginar... o mar, o vento, o cheiro, as pessoas, os sorrisos...
Mas pouco depois despertava a tristeza amarga do "querer mais do que se tem",ao mesmo tempo o ompulso do "precisar mais do que se quer".
O desejo surge, tal qual um naufrágio mergulhado há muitos anos e que hoje vem à tona para me lembrar que meus anseios, infelizmente, não poderão ficar submersos muito mais e que nada há que não se mostre exatamente como é depois de certo tempo.
Nada há que permaneça intácto e imóvel por toda vida...D
o nada tenho esses súbitos arrombos de lucidez...
logo eu....
que só queria um cartão-postal.

sábado, 19 de março de 2011


Sei não, mas por pouco não perdemos o silêncio
O navio seguia lentamente em direção ao alto mar
E as crianças brincavam como desde muito não víamos
Quase perdíamos a brisa no ar... as ondas quebrando na praia
É que ao se mostrar efêmero, o mar também se mostra infinito...

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

liquidus


Estado líquido
Ela é até maleável, mas escorrega entre os dedos
Está sempre pronta, no melhor estilo prêt-à-porter
Esperando a hora certa, a hora de chegar e acontecer...

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

quickly


Inolvidáveis estas pessoas que, de repente, nos aparecem na vida e vão embora tão subitamente quanto chegaram. Passam por nós deixando a sensação de que a vida é isso, um frêmito irrefreável. Um espanto, um susto, uma surpresa, um relâmpago, um piscar de olhos, o tempo que uma chuva de verão demora em passar. A reprodução da vida como ela de fato é, com direito a todos os acontecimentos possíveis, só que numa escala consideravelmente menor, e, ainda assim, sem deixar de ser infinita.

sábado, 5 de fevereiro de 2011

O colorido da gente


Era ela, não entendia porquê não conseguia estar por completo onde quer que estivesse.
Tinha uma estranha mania de estar pensando sempre em outra coisa,
sempre pensando mil coisas ao mesmo tempo,
criando imagens, sonhando idéias,
inventando o colorido
que a vida da gente até merece,
só não suporta conter.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011




Tão estranhamente genuínas

Estas constatações diárias

De que na vida

Nada se perde,

Tudo muda de ponto de vista.

O que parecia uma perda inestimável outrora

Hoje representa a possibilidade da doce sensação

que produz o experimento do novo...

E assim vamos nós

Perdendo-nos e outra vez nos achando

Num interminável balé de vai e vens...

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

15 de Novembro


Gotinas caíam no chão, leves como algodão...

Um dia, chovia muito em minha cidade

E minhas ruazinhas transbordavam de emoção!

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Ó, minha bem amada... havia tanto para ser dito
Mas de repente fez-se o silêncio
E dos teus olhos saíram lágrimas
Que falaram mais alto do que o mais alto dos gritos!.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011


E ainda há quem diga que picadas de alfinetes não doem...

Doem, mesmo que seja aquela dorzinha distante.

...mas o pior de tudo não é isso...

O pior é quando, por conta de um reflexo natural do ser humano, elas respondem noutra parte do corpo...

Está bem, uma picada de alfinete pode não doer tanto assim...

a menos que reflita no coração.