O calor
"...a culpa é sua, você que me deixa assim..."
Depois, o dedinho do pé, ssim como no filme
eu digo sorrindo "...menino bobo..."
Então, uma mordiscada
"...ah não, na barriga não..."
Lá fora, a chuva
"...fecha a porta..."
Dentro, o sofá vermelho
"...vem cá, fica aqui pertinho de mim..."
Relâmpagos e trovões
"...quer casar comigo?"
Caso, claro!
Seria bom se fosse fácil assim
"...uma noite é pouco..."
Para sempre é muito tempo
"...tá com sono?"
"...um pouquinho assim..." faço sinal com os dedos
"...deita aqui..." ele fala.
Ainda, o beijo na mão
"...promete que não vai embora sem falar comigo?"
Digo que prometo...
...não poderia não prometer...
Então fica a falta... saudade...
P.S. I love you!
"Muitos temem as horas que passam tiquetaqueando nos relógios... Ah! para mim tanto fazem as horas contadas. O que importa mesmo são as horas vividas!"
segunda-feira, 28 de dezembro de 2009
quinta-feira, 5 de novembro de 2009
Ínfimas Horas
domingo, 18 de outubro de 2009
terça-feira, 1 de setembro de 2009
Au revoir...

Como é difícil acreditar...
Não nos outros, mas em mim...
Como é difícil prever o que será... na verdade é impossível, não é? Sei lá...
No fundo, eu queria mesmo era partir... ir embora de dentro de mim...
Arrumar as malas e sair a passeio sem pensar em voltar.
Seria como ir para uma colônia de férias, viajar no verão...
Não nos outros, mas em mim...
Como é difícil prever o que será... na verdade é impossível, não é? Sei lá...
No fundo, eu queria mesmo era partir... ir embora de dentro de mim...
Arrumar as malas e sair a passeio sem pensar em voltar.
Seria como ir para uma colônia de férias, viajar no verão...
Ai que vontade de tirar férias de mim!
sábado, 1 de agosto de 2009
Pois bem, digo-lhe a gora do que se trata:
Trata-se de passar despercebido pelas estações
De olhar desatento as intenções
De mexer e remexer e nada encontrar
Trata-se de se mostrar e ninguém ver
Trata-se de querer ser o que você realmente não quer ser
De estar esperto
De parecer desperto
De penar, se esconder
Trata-se de não descobrir quem realmente se é
E de nem querer isso realmente
Trata-se de um não-sei-o-que
Que não me agrada um quase nada
Nem desagrada também
Apenas incomoda
Mas ainda não sei por quê
Nem por quanto tempo
Seja o que for... por enquanto...
...whatever...
Someday I will know...or not!
terça-feira, 23 de junho de 2009
To everything there is a season...
domingo, 7 de junho de 2009

Engraçado, a gente só sabe do sentimento do outro quando sente algo parecido ou vive a mesma situação, isto é certo, mas, será mesmo preciso viver todas as situações para sabermos como agir diante delas? Julgar é fácil quando se olha de fora, mas só perceber isso quando se está dentro também não é lá grande mérito.
Ainda sinto - no primeiro momento - toda a raiva e desconforto comum a nós pobres mortais, porque sei que também sou feita de carne e osso, aqui dentro também bate um coração, também passeia por minhas veias o líquido quente e vermelho da vida. Também erro, também peco, também sofro, porém, acima de tudo isso está a minha capacidade de compreender que você é igual a mim.
Faz muito tempo que eu aprendi a ver as coisas como elas realmente são, mas ainda não estou pronta para saber de seus verdadeiros porquês, afinal “descobrir o verdadeiro sentido das coisas é querer saber demais, querer saber demais...”
quinta-feira, 4 de junho de 2009
sábado, 23 de maio de 2009

Hoje, quando acordei, lembrei-me de uma velha caixinha de música que possuo desde a infância, resolvi abri-la, assoprei-lhe todo o pó e dei corda. De repente um conjunto de sentimentozinhos impossíveis de explicar pularam para fora junto com a música e apoderaram-se de mim, sentimentos tão remotos, remotos são aqueles que há muito esqueci de ter, são aqueles que há muito fingia não ter, são aqueles que permaneciam guardados dentro da tão surrada e antiga caixinha de música, escondidos em meio a toda poeira. Alguns me esperavam pacientemente e nunca deixaram de lá estar, os que achei que havia perdido, os que julguei não ser mais possível possuir. Tomei um susto, sensação pura, puro calor de sentimento.
Hoje, minha bailarina voltou a dançar Pour Elise em frente ao espelho.
Hoje, minha bailarina voltou a dançar Pour Elise em frente ao espelho.
domingo, 17 de maio de 2009
Inominável
durmo tarde
jogo fora
acordo cedo
vou embora
peço pouco
quero muito
amanheço
esclareço
entardeço
brinco
anoiteço
clamo
vivo fora
e dentro de mim
espero
padeço
desapareço
tenho fome
sinto frio
arrepio...
...e a cada instante tudo muda... a cada instante tudo muda... cada insatante tudo muda...
o instante muda tudo... o instante mudo... instante... tudo...
jogo fora
acordo cedo
vou embora
peço pouco
quero muito
amanheço
esclareço
entardeço
brinco
anoiteço
clamo
vivo fora
e dentro de mim
espero
padeço
desapareço
tenho fome
sinto frio
arrepio...
...e a cada instante tudo muda... a cada instante tudo muda... cada insatante tudo muda...
o instante muda tudo... o instante mudo... instante... tudo...
terça-feira, 12 de maio de 2009
"Quando olho para mim não me percebo.
Tenho tanto a mania de sentir
Que me extravio às vezes ao sair
Das próprias sensações que eu recebo.
O ar que respiro, êste licor que bebo,
Pertencem ao meu modo de existir,
E eu nunca sei como hei de concluir
As sensações que a meu pesar concebo.
Nem nunca, propriamente reparei,
Se na verdade sinto o que sinto. Eu
Serei tal qual pareço em mim? Serei
Tal qual me julgo verdadeiramente?
Mesmo ante as sensações sou um pouco ateu,
Nem sei bem se sou eu quem em mim sente."
(Álvaro de Campos)
Não pensei ser possível alguém algum dia ter dito o que se passa em mim agora, mas ele disse... e disse exatamente...
Tenho tanto a mania de sentir
Que me extravio às vezes ao sair
Das próprias sensações que eu recebo.
O ar que respiro, êste licor que bebo,
Pertencem ao meu modo de existir,
E eu nunca sei como hei de concluir
As sensações que a meu pesar concebo.
Nem nunca, propriamente reparei,
Se na verdade sinto o que sinto. Eu
Serei tal qual pareço em mim? Serei
Tal qual me julgo verdadeiramente?
Mesmo ante as sensações sou um pouco ateu,
Nem sei bem se sou eu quem em mim sente."
(Álvaro de Campos)
Não pensei ser possível alguém algum dia ter dito o que se passa em mim agora, mas ele disse... e disse exatamente...
domingo, 19 de abril de 2009

Basta que de leve uma brisa lhe assome os cabelos para que toda a sua vida se transforme num balanço lento que por vezes a tira da realidade e a transporta a um país distante, país este em que tudo é diferente, onde ninguém a conhece. Ali, sentada no banco da praça principal de uma cidadezinha antiga, está uma velha de óculos escuros e cabelos muito brancos, a moça, achega-se e pergunta:
_ O que fazes aí tão sozinha?
A velha lhe responde:
_ Estou aqui a esperar.
_ Esperar pelo que? Por quem? Pergunta a moça.
_ Espero que a felicidade venha de mim se apoderar, espero ser arrebatada pelo mais puro e sublime amor, que ele perpasse por minha corrente sanguínea e faça minhas veias se dilatarem, meu pulso acelerar, meu coração bater mais forte, espero sentir as tais borboletas voando em meu estômago, ouvir os tais sinos do amor, espero transbordar de paixão, exalar de emoção, espero sentir o nó na garganta, as pernas bambas, enfim, espero que um verdadeiro amor me ache e me proporcione os mais belos dias da minha vida.
E a moça, intrigada, indaga:
_ Senhora, posso lhe perguntar uma coisa? Quantos anos tens?
_ 78, minha filha.
_ E há quanto tempo esperas aqui sentada?
Sem o menor sinal de abalo a senhora muito velha responde:
_ Há 63 anos, 6 meses e 11 dias.
_ O que fazes aí tão sozinha?
A velha lhe responde:
_ Estou aqui a esperar.
_ Esperar pelo que? Por quem? Pergunta a moça.
_ Espero que a felicidade venha de mim se apoderar, espero ser arrebatada pelo mais puro e sublime amor, que ele perpasse por minha corrente sanguínea e faça minhas veias se dilatarem, meu pulso acelerar, meu coração bater mais forte, espero sentir as tais borboletas voando em meu estômago, ouvir os tais sinos do amor, espero transbordar de paixão, exalar de emoção, espero sentir o nó na garganta, as pernas bambas, enfim, espero que um verdadeiro amor me ache e me proporcione os mais belos dias da minha vida.
E a moça, intrigada, indaga:
_ Senhora, posso lhe perguntar uma coisa? Quantos anos tens?
_ 78, minha filha.
_ E há quanto tempo esperas aqui sentada?
Sem o menor sinal de abalo a senhora muito velha responde:
_ Há 63 anos, 6 meses e 11 dias.
quarta-feira, 8 de abril de 2009

Não sou boneca
Eu não sou de ferro
Eu não finjo
Eu não sou assim
Só clamo
Eu peço
Até choro
Só não imploro
Viajo
Me esqueço
Entro em transe
Apago o pensamento
Seja qual for
E como for
Ou que será
Me balanço
Ao seu lado
Com você
E danço
Em seu compasso
Me derreto de puro prazer
Pela madrugada, enfim
Arranco toda dor
Seja ela qual for
Presa em mim
Eu me atiro
Te devoro
Eu não sou de ferro
Eu não finjo
Eu não sou assim
Só clamo
Eu peço
Até choro
Só não imploro
Viajo
Me esqueço
Entro em transe
Apago o pensamento
Seja qual for
E como for
Ou que será
Me balanço
Ao seu lado
Com você
E danço
Em seu compasso
Me derreto de puro prazer
Pela madrugada, enfim
Arranco toda dor
Seja ela qual for
Presa em mim
Eu me atiro
Te devoro
Num beijo impetuoso!
Noite sempiterna!
Noite sempiterna!
terça-feira, 31 de março de 2009
segunda-feira, 30 de março de 2009
terça-feira, 24 de março de 2009
domingo, 22 de março de 2009
Adoro acasos...
"Mil acasos me levam a você
O sábado, o signo, o carnaval
Mil acasos me tomam pela mão
A feira, o feriado nacional
Mil acasos me levam a perder
O senso, o ritmo habitual
Mil acasos me levam a você
No início, no meio ou no final
Me levam a você
De um jeito desigual
Mil acasos apontam a direção
Desvio de rota é tão normal
Mil acasos me levam a você
No mundo concreto ou virtual
Me levam a você
De um jeito desigual
Quem sabe, então, por um acaso
Perdido no tempo ou no espaço
Seus passos queiram se juntar aos meus
Seus braços queiram se juntar aos meus
Mil acasos me levam a você
No início, no meio ou no final
Mil acasos me levam por aí
Na espuma do tempo, no temporal
Mil acasos me dizem o que sou
Ateu praticante ocidental
Me levam a você
De um jeito desigual
Quem sabe, então, por um acaso
Perdido no tempo ou no espaço
Seus passos queiram se juntar aos meus
Seus braços queiram se juntar aos meus"
Estava eu indo dormir, quando "por acaso" começou essa música... Lembrei-me imediatamente de você, moço!
O sábado, o signo, o carnaval
Mil acasos me tomam pela mão
A feira, o feriado nacional
Mil acasos me levam a perder
O senso, o ritmo habitual
Mil acasos me levam a você
No início, no meio ou no final
Me levam a você
De um jeito desigual
Mil acasos apontam a direção
Desvio de rota é tão normal
Mil acasos me levam a você
No mundo concreto ou virtual
Me levam a você
De um jeito desigual
Quem sabe, então, por um acaso
Perdido no tempo ou no espaço
Seus passos queiram se juntar aos meus
Seus braços queiram se juntar aos meus
Mil acasos me levam a você
No início, no meio ou no final
Mil acasos me levam por aí
Na espuma do tempo, no temporal
Mil acasos me dizem o que sou
Ateu praticante ocidental
Me levam a você
De um jeito desigual
Quem sabe, então, por um acaso
Perdido no tempo ou no espaço
Seus passos queiram se juntar aos meus
Seus braços queiram se juntar aos meus"
Estava eu indo dormir, quando "por acaso" começou essa música... Lembrei-me imediatamente de você, moço!
segunda-feira, 9 de março de 2009
Tenho fome de comida, de carne viva, ardente, surpreendente.
Fome de coisas raras, pessoas caras, fome de paixão!
Tenho fome e agonia.
Fome e desejo...
Anseio, aspiro, tenciono, ambiciono, necessito... espero...
Tenho fome de amor, de alegria, de dor,
fome de viver.
Eu tenho fome...de...você!
*Fome. [Do lat. fame.] 1.Grande apetite; urgência de alimento. 2.Subalimentação. 3.Falta do necessário; penúria, miséria. 4.Situação de míngua ou escassez de víveres. 5.Fig. Avidez, sofreguidão.
Fome de coisas raras, pessoas caras, fome de paixão!
Tenho fome e agonia.
Fome e desejo...
Anseio, aspiro, tenciono, ambiciono, necessito... espero...
Tenho fome de amor, de alegria, de dor,
fome de viver.
Eu tenho fome...de...você!
*Fome. [Do lat. fame.] 1.Grande apetite; urgência de alimento. 2.Subalimentação. 3.Falta do necessário; penúria, miséria. 4.Situação de míngua ou escassez de víveres. 5.Fig. Avidez, sofreguidão.
domingo, 8 de março de 2009
Moço!
O longe é perto
lúcido
presente
fresco em sua presença
porque meu sentimento é louco, pedinte, um mendigo
porque não explico o que sinto
não quero sentir
me balanço,
arrepio,
saudade...
será?
mais uma loucura, talvez
não sei pedir,
não sei falar,
não sei sentir
então, o que será?
eu nunca saberei
ele nunca saberá
"Je ne sais pas dire je t'aime"
lúcido
presente
fresco em sua presença
porque meu sentimento é louco, pedinte, um mendigo
porque não explico o que sinto
não quero sentir
me balanço,
arrepio,
saudade...
será?
mais uma loucura, talvez
não sei pedir,
não sei falar,
não sei sentir
então, o que será?
eu nunca saberei
ele nunca saberá
"Je ne sais pas dire je t'aime"
domingo, 22 de fevereiro de 2009
Mais forte do que a complexa razão do desejo é a intransigente realidade, que insiste em se mover em minha direção, nua e crua, despertando-me do instante a que quase me me entreguei de corpo, de alma, vontade.
Ah, mas que cruel realidade, que persiste, sem dó e nem piedade. Por que não me deixa sentir, saborear, beber da fonte cálida que tem poderes de enfeitiçar, seduzir, fascinar, prender, de atrair pelo cheiro inefável, pelo toque, pelo olhar, como uma cortina de fumaça que enebria, embriaga, extasia?
Que pena! O que me restou se perdeu tão rápido quanto veio, se foi, no momento em que despertei do sono, do sonho. Estava tudo aqui há um minuto, mas se foi. E já que real não se pode tornar, sobrou-me o anseio implícito de novamente adormecer e voltar a sonhar, me perder, viajar, transbordar....
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